Weber Abrahão

A UTILIZAÇÃO DE QUADRINHOS NO ENSINO MÉDIO: O APRENDIZADO DE CONCEITOS

Weber Abrahão Júnior



O texto que se segue é uma sugestão de plano de aula a ser utilizado no Segundo Ano do Ensino Médio, como resultado de produção de material didático para conclusão parcial de disciplina do Mestrado Profissional em História, que estou cursando na Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão.

O tema escolhido foi Introdução às Revoluções Burguesas: o que é Revolução? Isso porque o conceito de Revolução é recorrente nas Ciências em geral, e nas Ciências Humanas em particular, e especificamente na ciência histórica e em sua expressão didática, como disciplina escolar. É um conceito essencial para a compreensão dos processos históricos nas diferentes condições de mudança social, principalmente a partir do estudo da Revolução Francesa como marco da contemporaneidade.

Em Marx, nas Teses sobre Feuerbach, encontramos o enunciado seminal para a compreensão da dinâmica social como transformação revolucionária:

XI. Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras; mas o que importa é transformá-lo.

A utilização de quadrinhos como recurso didático para a compreensão de conceitos essenciais e de suas implicações para o estudo da História é sobremaneira conhecida atualmente. Desse modo, o aprendizado de conceitos gerais e introdutórios através dos quadrinhos, permite ao aluno lidar de forma dinâmica com o tema, situando-se no tempo. Para Lee e Ashby (2000), quadrinhos são relatos e evidências para apreensão de ideias de segunda ordem: como os jovens compreendem o passado?

Nesse sentido, a compreensão do passado presta-se para o situar-se no presente, conforme Rüsen (2010) Se o papel da ciência histórica é sustentar sua autoridade enquanto ciência, no debate político como saber irrenunciável e essencial para as decisões políticas, o pensamento histórico em dimensão didática deve ser compreendido em um triplo sentido: a) orientação para o agir intencional; b) constituição de uma identidade (para dentro); c) levar à uma práxis (para fora). Desse modo, a questão central da didática (compreendida como o aprendizado do pensamento histórico) é: como o pensamento histórico pode realizar isso na prática? Porque o aprendizado está muito além da escola, como forma elementar da vida e modo fundamental da cultura. O que a ciência histórica possibilita é uma formação acadêmica.

No planejamento da atividade, foram produzidas por mim três pranchas de quadrinhos (em anexo), a serem utilizadas como suporte de leitura e compreensão do conceito de Revolução no contexto do tema Introdução às Revoluções Burguesas. O recurso tecnológico para a veiculação da atividade é a apresentação de slides (em anexo). Desse modo, a tarefa inicial dos alunos será analisar detidamente os desenhos, a partir de orientações e sugestões fornecidas pelo professor. A proposta de desenvolvimento da atividade é de dois dias, sendo um para a exposição orientada dos desenhos, e outra para a elaboração das atividades dos alunos.

O objetivo principal da atividade é levar os alunos a compreensão das possíveis variações em torno da construção do conceito de revolução, compreendendo inclusive sua elaboração no tempo histórico. Além disso, permitir a eles a comparação entre o conceito, suas dimensões sociológica e filosófica, bem como algumas de suas manifestações históricas. Permitir ainda aos alunos a possibilidade do diálogo entre o texto didático tradicional e a linguagem dos quadrinhos. E, enfim, possibilitar aos alunos o acesso à percepção e compreensão de imagens através da leitura orientada dos quadrinhos.

A elaboração da atividade temática como proposta, em torno do conceito de Revolução é recorrente no ensino de História, mormente no Ensino Médio. Ele aparece nos diferentes processos de mudança social, principalmente a partir da Revolução Francesa. Desse modo, o aprendizado de conceitos gerais e introdutórios, utilizando-se os quadrinhos, permite ao aluno lidar de forma dinâmica com o tema, situando-o no tempo.

A primeira prancha anuncia o tema geral. Uma guilhotina se projeta em um horizonte árido. Em seguida, a palavra “revolução” em letras diferentes, com grafia distinta e uso do preto e branco. É preciso atentar para as distintas possibilidades de interpretação. No último nível, um diálogo entre um “Guy Fawkes” e Che Guevara: diferentes ilhas, distintas revoluções? Qual o sentido de revolução para os dois personagens históricos?

A segunda prancha aprofunda e localiza o tema, apresentando a guilhotina como extensão de uma árvore frondosa e arrancada pelas raízes, e uma síntese do sentido mais contemporâneo de revolução, vinculado à Revolução Francesa: “Mudança intensa! Profunda e concentrada!” o desenho conduz o olhar para uma cabeça rolando, no contexto da “solução final” jacobina. É Robespierre, que exclama: “Radical!”.

A terceira e última prancha traz três sequências de três tirinhas cada, como nas pranchas da seção de quadrinhos dos jornais impressos. Aqui, após anunciar o tema e as possibilidades de interpretação do conceito de revolução, passamos à avaliação de três processos revolucionários distintos, a partir de marcos cronológicos bem definidos: A Revolução Francesa, mãe e modelo das revoluções contemporâneas, em seus primórdios (1789), e as jornadas populares; a Revolução Russa e sua troika original, e as disputas de poder e de sentido ao próprio processo revolucionário e suas implicações sociais e políticas (1911; 1924; 1929); A Revolução Cubana e o “paredão” (1959).

É de se observar ainda a cor de fundo dos slides, como elaborados: são as cores da bandeira francesa, que reportam a uma série de outras referências trípticas: liberdade, igualdade e fraternidade, por exemplo, instigando os alunos a outros níveis e possibilidades de leitura e compreensão dos textos e símbolos revolucionários.

O fecho da atividade consiste em avaliação, como sugerido a seguir:
1) Dividir os alunos em equipes e escolher com a turma os assuntos de maior interesse em relação ao tema Revolução. Distribuir as temáticas entre os alunos para pesquisa e apresentação em pequenos seminários.
2) Para finalizar o trabalho, cada grupo deverá escrever sua interpretação a respeito das sequências desenhadas, e posteriormente apresentá-las para a turma, em forma de seminário.

 ANEXO – AS PRANCHAS


Prancha 1
  

Prancha 2


Prancha 3

  
Referências

FRONZA, Marcelo. ‘As histórias em quadrinhos e a educação histórica: uma proposta de investigação sobre as ideias de objetividade histórica dos jovens’. In: Anais do 3º Seminário de Educação Histórica “Desafios da Aprendizagem na Perspectiva da Educação Histórica. Curitiba:2012, UFPR, p. 59-78.
IANNONE, Leila Rentroia; IANNONE, Roberto. O Mundo das Histórias em Quadrinhos. São Paulo, Moderna:1994, 90 p.
LEE, Peter; ASHBY, Rosalyn. ‘Progression in historical understanding among students ages 7-14’. In: STEARNS, Perter N.; SEIXAS, Peter; WINEBURG, Sam (eds.). Knowin, teaching and learning History: national and international perspectives. New York: New York University Press, 2000, p. 199-222.
MARX, Karl. Onze Teses sobre Feuerbach. In: Fundação Lauro Campos. Disponível em http://laurocampos.org.br/2008/03/onze-teses-sobre-feuerbach/. Acesso em 07/01/2016.
MENEZES NETO, Geraldo Magella. ‘Histórias em Quadrinhos no ensino da “Pré-História”: relato de experiência’. História & Ensino, Londrina, v. 20, n. 1, p. 223-242, jan./jun. 2014.
MOYA, Álvaro de. A Reinvenção dos Quadrinhos. Quando o gibi passou de réu a herói. São Paulo:Criativo, 2012, 98 p.
NAPOLITANO, Marcos. ‘A História depois do Papel’. In: Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2006, p. 235-290.
PINSKY, Carla Bassanesi e LUCA, Tania Regina de. O Historiador e suas Fontes. São Paulo: Contexto, 2013, p. 309-328.
RAMA, Angela; VERGUEIRO, Waldomiro (org.) Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 4 ed., 2014, 155 p.
RÜSEN, Jörn. História Viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília:UnB, 2010, 1 reimpressão.
SANTOS, R. E.; VERGUEIRO, W. Histórias em quadrinhos no processo de aprendizado: da teoria à prática. EccoS, São Paulo, n. 27, p. 81-95. jan./abr. 2012. 2004.


34 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho. Gostaria de saber se a proposta apresentada já foi aplicada em sala de aula e quais foram os resultados obtidos? (Aristides Leo Pardo – União da Vitória/PR - tidejor@gmail.com)

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    1. Boa noite, Aristides! Agradecido pelos elogios. O trabalho está sendo aplicado agora, no início do ano. Ainda não tenho dados tabulados, mas pretendo fazê-lo. Valeu!

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    2. Boa tarde, Aristides! Tomo a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  2. Gostei muito do trabalho. Gostaria de saber se na sua visão a mesma metodologia aqui exposta pode ser usada também em nível Fundamental I guardadas as proporções ? (José Vando Moreira da Silva – Caruaru/PE - jose_vando@live.com)

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    1. Agradecido, José Vando. Entendo que é possível, sim. Às vezes seria preciso adaptar as linguagens. Se você quiser utilizar as pranchas em seu trabalho, fique à vontade. É só citar a fonte e depois me contar como foi! Um abraço!

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    2. Muito obrigado pela atenção ! Estou gostando muito das experiências neste evento !

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    3. Boa tarde, José Vando! Tomo a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  3. Gostaria de saber também se já foi aplicado em sala de aula e qual a aceitação geral deste tipo de atividade, tendo em vista que a forma de aprendizado pode variar de aluno a aluno?

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    1. Então, Eddy. Estou aplicando agora o material. Não tenho dados ainda para debater. Mas acredito que vale a pena usar novas tecnologias e recursos, e o risco é sempre bom. De toda forma, cada aluno é um universo de referência e um desafio pra todos nós! Um abraço!

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    2. Boa tarde, Eddy! Tomo a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  4. Parabéns pela proposta Weber! Muito interessante!

    Tenho a curiosidade de saber como você irá lidar com a dificuldade de interpretação do texto de alguns alunos que fazem parte, na maioria das vezes, da rede pública de ensino para aplicar esta aula com histórias em quadrinhos? Caso você já tenha passado por esta situação, como você lidou com isto?
    Desde já obrigada.

    Karina Rangel Cruz de Assis.

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    1. Oi, "Anônima" Karina! Valeu demais pelos elogios! O desafio é grande, de fato. Que tal produzir textos a partir de uma pesquisa das particularidades de cada turma, considerando as diferenças e convergências de dificuldades? Depois vc me conta como foi. Um abraço!

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    2. Boa tarde, Karina! Tomo a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  5. Os quadrinhos, de fato, são muito atrativos. Utilizá-los como ferramenta metodológica ao nosso favor em sala de aula é uma experiência bastante interessante. Já trabalhei com charges e tirinhas em turmas do 6° e 7° ano, sobre Roma e Reforma Protestante, respectivamente. Gostei da sua proposta, pois temas como revoluções burguesas,muitas vezes, são complexos de trabalhar com os alunos, e os quadrinhos possibilitam ajudar nesse sentido. Minha pergunta é "Quais os maiores desafios para trabalhar com quadrinhos no ensino de História? Pela sua experiência, que maneiras seriam mais interessantes para levar o aluno a refletir/discutir e não apenas"memorizar" tais conteúdos?". Parabéns pelo trabalho!!!

    Prof° Osmael Márcio de Sena Oliveira

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    1. Agradecido pelos elogios, professor Osmael! Os maiores desafios são, no modo de ver, tirar o jovem de uma certa visão superficial ou meramente literária dos quadrinhos, levando-os à reflexão a respeito dos conceitos, valores, visões de mundo subjacentes ao texto. Ou seja, o contexto dos textos e imagens. Entendo ser essa uma construção cotidiana, mediada pelas especificidades de turmas, escolas, faixas etárias e interesses. Além disso, quadrinhos foram superados, ao menos para uma certa parcela dos jovens, por outras formas de diversão. Acho que é um trabalho de recuperação de linguagens e espaços de atuação, usando até mesmo as versões digitalizadas, que permitem leitura em plataformas eletrônicas como celular, tablet e computadores.
      Com relação ao envolvimento, reflexão e discussão conceitual com os alunos, acredito que é preciso roteirizar bem, a partir de uma pesquisa sobre a realidade e especificidades de cada escola e turma, ancorando o roteiro em leitura teórica referencial, como as que indico em meu texto.

      Agradeço, mais uma vez, Osmael! E tomo a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  6. Prezado Weber, parabéns pelo trabalho!
    Fico feliz que tenha lido o meu artigo Histórias em Quadrinhos no ensino da “Pré-História”, espero que tenha ajudado.

    Gostaria de saber se você mesmo elaborou as pranchas e qual a inspiração que teve para produzi-las. Particularmente gostei mais da Prancha 3, dá para fazer uma comparação interessante das três revoluções.

    Cordialmente,
    Geraldo Neto (UFPA/FIBRA/SEMEC-Belém)

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    1. Boa tarde, Geraldo. As pranchas são desenhos meus. Aprendi a ler com uma revista chamada Recreio, lá no início dos anos 1970. Desenho regularmente desde a infância, e acho que a inspiração vem das leituras em geral, da experiência de sala de aula e da coleção de quadrinhos que ocupa um pedação da minha biblioteca.
      Seu texto é muito bacana, gostei bastante. Concordo com você que, do ponto de vista da narrativa - mais linear e comparativa, a terceira prancha é mais produtiva para o imaginário dos alunos. As duas primeiras são mais "viajadas" e precisam de um grau mais abstrato de elaboração por parte dos alunos.
      Estou mandando um link de artigo publicado sobre experiência com internet e música no Ensino Médio .Espero que goste. Grande abraço e bom trabalho!
      O link:
      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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    2. Boa tarde, Geraldo! Tomo a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  7. Gostaria de saber se existiria a necessidade de nessas aulas, de explicar as diferenças entre revoluções, manifestações e repressões? visto que todas contem aspectos práticos as vezes similares que podem ser confundidos pelo aluno que atualmente é bombardeado por todas formas de mídias, que não raramente tratam os três como um só

    Ass: Ronny Costa Pereira

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    1. Boa noite, Ronny! Entendo que seria necessário inicialmente diferenciar manifestações de revoluções. Seria uma diferença de intensidade ou de continente/conteúdo? E ainda, repressão como elemento decorrente do processo revolucionário ou como reação a ele. Aguardo sua resposta.
      Um abraço!
      Tomo ainda a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  8. Boa noite, Weber
    Primeiro gostaria de elogiar seus quadrinhos: são bons! Meus questionamentos quanto a proposta de atividade é um tanto diferente, mesmo se atendo ao público do ensino médio, que necessariamente já tem algum conhecimento histórico, o tema revolução não pode se tornar difuso e meramente especulativo em apenas dois dias de trabalho? E não propõe nenhum recurso de apoio, apenas sua visão e interpretação de quadrinhos será suficiente para problematizar, "criticizar" um assunto tão recorrente? Não percebi o binômio que sempre acompanha a revolução, que é a perspectiva do dominante: o golpe? Uma percepção aligeirada e segmentada focada apenas num termo pode gerar um tiro pela culatra e ao contrário de criar uma consciência histórica, apenas dogmatizar num único viés? Sei são tantas questões, mas, seu texto é tão interessante para o debate, abre muitas perspectivas. Parabéns, pelo trabalho.
    Valter Andre Jonathan Osvaldo Abbeg

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    1. Agradecido pelos elogios. Em relação aos questionamentos:
      1) Realmente é um risco desenvolver essa atividade em apenas dois dias. Mas não entendo o sentido de especulação como você utiliza. Para mim, especular é aproximar, focalizar. Mas também pode ser, no sentido corriqueiro, percorrer superficialmente um tema.2) De fato, algum conhecimento histórico o aluno do ensino médio tem, e, forçosamente, a leitura que faço é fruto de minha trajetória como professor, o que dá a ela uma feição subjetiva. 3) Não acho que eu coloco minha visão e interpretação dos quadrinhos. Claro que, por ser o autor dos desenhos, tenho uma leitura deles, e é o que faço na reflexão. Mas é uma reflexão, e não um guia absoluto de leitura. A tarefa dos alunos seria usar como referência as pranchas para debater e concluir. 4) Em sua visão, qual seria o recurso de apoio adequado? Não pensei nisso, e gostaria de uma sugestão sua! 5) Concordo integralmente sobre os riscos da atividade, no sentido de não problematizar adequadamente a questão. Faltou o "outro lado", a visão do golpe que, aliás é tão recorrente em nossa triste História!
      Vou aceitar o desafio e desenvolver novamente a atividade.

      Tomo ainda a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

      Um grande abraço e imensamente agradecido pela interlocução!

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  9. Boa tarde,
    Acho que um texto bom, trabalhado antecipadamente, com leitura e análise, por exemplo "O que é revolução?" de Florestan Fernandes, seria interessante. Pode ser baixado de:
    http://files.gocufg.webnode.com/200000082-63a06649b8/oqueerevolucao_0.pdf
    Quanto aos riscos se não corrermos, vivemos sem emoção.
    Ass. Valter Andre Jonathan Osvaldo Abbeg

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  10. Olá, caro Weber
    Primeiramente, faço minhas congratulações pelo excelente trabalho desenvolvido, e dizer que os quadrinhos são capazes de renovar qualquer perspectiva no ensino em qualquer disciplina. Na verdade a minha questão pode servir até como sugestão para futuros projetos: Uma feira interdisciplinar de quadrinhos reunindo todas as séries com temas definidos pelos próprios alunos seria de grande valia, não? Em seu prisma como vê essa iniciativa?

    Abraço
    Vítor Angelo Frasca

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    1. Agradecido, Vitor! A ideia do seminário é interessante. Acho apenas importante definir um tema comum, para o Ensino Médio, articulando História, Filosofia e Sociologia.
      Aceito sugestões. Quem sabe a gente não elabora esse projeto juntos? Um grande abraço.

      Tomo ainda a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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  11. boa tarde Weber, primeiramente parabéns pelo trabalho. a ideia de revolução é bastante complexa, no entanto,deve ser trabalhada com os alunos, pois permite desenvolver a criticidade tão discutida no meio educacional. sendo assim, queria saber o que você acha de um trabalho relativo as "revoluções" ocorridas no Brasil?
    Athos Linnus Marinho de Siqueira- athos_siqueira10@hotmail.com

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    1. Boa noite, Athos! Realmente, na história do Brasil temos, na leitura historiográfica tradicional, aquela divisão entre os movimentos de feição elitista, denominados revolucionários, e os populares, denominados revoltas, sedições, insurreição. Seria interessante sim fazer um trabalho nessa perspectiva. Agradecido pela dica!

      Tomo ainda a liberdade de enviar um link com artigo meu - relato de experiência - onde falo sobre uma experiência com internet e música no Ensino Médio. Espero que goste e comente! Um abraço!

      http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/35

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    2. muito obrigado Weber, com certeza irei ler sua experiencia!! depois mando minhas considerações. abraços!

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  12. Luciana Mendes dos Santos11 de março de 2016 às 05:13

    Prezado Weber,
    Muito bom seu plano, vou testar em minha prática. Também utiizei HQs com meus estudantes e o resultado foi be intreressante, mas me questiono muito sobre as possibilidades de produção dessas HQs pelos jovens como forma de produção de conhecimento. Você acha que essa abordagem é possível?

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    1. Bom dia. Acho que é possível sim. Roteirizando e fazendo storyboards previamente com os alunos, o que pressupõe um conhecimento técnico prévio do professor em relação à linguagem dos quadrinhos.

      Um abraço!

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  13. Olá Weber! Gostei do seu trabalho, realmente os quadrinhos é um ótimo método a se utilizar para desenvolver o senso crítico dos alunos, principalmente porque muitos deles apenas memorizam os conceitos substantivos sem usar as idéias de segunda ordem. Contudo percebe-se que ainda não é bastante usado, e que quando utiliza-se um novo método sempre há questionamentos. Porém parece tratar de um método que realmente pode ser proveitoso em sala de aula, e por isso você acredita que pode ser aceito pelos professores e alunos sem problemas? Os professores por si só devem tomar iniciativas para conseguirem materiais didáticos mais instigantes?

    Att, Fernando Nogueira Resende.

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    1. Agradecido pelos elogios, Fernando! Entendo que sempre é possível a criação de novos métodos e técnicas de aprendizagem.Depende de muitos fatores, é claro: disposição e tempo de planejamento dos professores, alunos motivados, acesso a materiais, dentre outras coisas. Acredito que os professores podem e devem desenvolver novos materiais e propostas, ancorados na vasta produção acadêmica de qualidade sobre o tema.
      Um abraço!

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  14. Olá, gostei da ideia. Imagino que além de trabalhar com HQs, talvez seja possível, estimular a produção de HQs, como síntese do conteúdo trabalhado. É possível ?

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