FEMINISMO E APRENDIZAGEM DE GÊNERO NOS
MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA
Samanta Botini dos Santos
O presente trabalho é
parte do Projeto Institucional de bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) que
tem por objetivo selecionar e analisar manuais didáticos de História buscando
compreender a dinâmica que permeia o conflito e a importância da luta das mulheres,
utilizando do recorte histórico em dois momentos: o século XIX e a década de
60. A pesquisa parte da preocupação da ausência de uma narrativa que se atente
a discussão de gênero e a história das mulheres. Busca-se através da análise
dos manuais didáticos observar quais são as narrativas dentro da sala de aula e
quais as possibilidades de inserção de uma narrativa que contemple a luta das
mulheres e seus desdobramentos, para que fomente um debate acerca do gênero.
O livro didático é um
instrumento de trabalho do professor que realiza o intermédio entre professor e
aluno e está presente na vida escolar há mais de dois séculos. No século XVII o
livro didático veio para atender a uma proposta de se ensinar o maior numero de
alunos ao mesmo tempo, e se tornou também auxiliar do planejamento do professor
e instrumento de controle de conteúdos, que implicam na diminuição da
subjetividade (cfme. MORENO, 2012).
Além dessa relação
entre professor e aluno dentro de sala de aula, o livro didático passou a ser
estudado recentemente, estudos considerando o livro didático como objeto
histórico datam, no Brasil, da década de 1980.
Apesar de alguns
movimentos anteriores, no Brasil, é nos finais da década de 1970 e,
especialmente, no início dos anos 1980 que temos a publicação de obras de maior
impacto que se dedicaram à análise de conteúdo dos manuais didáticos. Neste
primeiro momento, o predomínio será da crítica ideológica dos conteúdos
(MORENO, 2012).
Especialmente no
contexto europeu, a partir da segunda metade do século XX, desenvolvem-se
estudos críticos sobre os conteúdos abordados nos livros didáticos, conteúdos
esses que traziam consigo um grande teor de preconceito e visões estereotipadas
sobre grupos e populações, e devido ao contexto pós Segunda Guerra Mundial,
pode-se perceber a influência que o Estado teve, buscando evitar qualquer
manifestação que pudesse gerar sérios conflitos entre os povos (BITTENCOURT,
2005 p.300).
Dentre as relações que
envolvem o livro didático, para a realização de sua análise, é preciso
considerar diversos fatores que perpassam o material físico já pronto. Nesse
sentido, deve-se levar em consideração na constituição do livro didático,
primeiramente o Estado, suas políticas públicas, currículos e avaliadores (como
por exemplo, o Plano Nacional do Livro Didático, que a partir do Decreto 9.154
de 1/8/1985 estabeleceu o fluxo regular de recursos para aquisição e
distribuição de livros didáticos por todo o país) depois a Editora, que engloba
a autoria e a relação de mercado, passando pelos professores e por último até a
opinião pública, formada por país, alunos, imprensa e poder político (cfme.
MORENO, 2012.p.727).
Além de toda essa
dinâmica empreendida na elaboração dos livros didáticos, Circe Bittencourt nos
alerta para compreendermos o livro didático
"como produto cultural fabricado por
técnicos que determinam seus aspectos materiais, o livro didático
caracteriza-se, nessa dimensão material, por ser uma mercadoria ligada ao mundo
editorial e à lógica da indústria cultural do sistema capitalista"
(BITTENCOURT, 2012.p. 301).
Na dinâmica escolar,
espaço onde o livro didático circula, pode-se perceber diversas maneiras de se
utilizar o manual, o que pode nos levar a refletir sobre como esses livros
didáticos são trabalhados, mas acima de tudo como as representações que fazem
parte desse material estão implicando na vida desses alunos que os utilizam.
Portanto, analisando a trajetória do livro didático pode-se observar que esse material é investigado por seu conteúdo, contendo suas imagens e textos, mas também pelas suas representações.
Busca-se compreender as representações desenvolvidas no livro didático acerca do Movimento Feminista, enquanto organização, separados em dois momentos: o século XIX e a década de 60.
Portanto, analisando a trajetória do livro didático pode-se observar que esse material é investigado por seu conteúdo, contendo suas imagens e textos, mas também pelas suas representações.
Busca-se compreender as representações desenvolvidas no livro didático acerca do Movimento Feminista, enquanto organização, separados em dois momentos: o século XIX e a década de 60.
O que as pessoas dos
movimentos feministas estavam questionando era justamente que o universal, em
nossa sociedade, é masculino, e que elas não se sentiam incluídas quando eram
nomeadas pelo masculino. Assim, o que o movimento reivindicava o fazia em nome da
"Mulher", e não do "Homem", mostrando que o "homem
universal" não incluía as questões que eram específicas da
"mulher". Como exemplos podemos citar: o direito de "ter filhos
quando quiser, se quiser" -, a luta contra a violência doméstica, a
reivindicação de que as tarefas do lar deveriam ser divididas, enfim, era em
nome da "diferença", em relação ao "homem" - aqui pensado
como ser universal, masculino, que a categoria "Mulher", era
reivindicada (PEDRO, 2005 p.80).
O Movimento Feminista
Nesta classificação, o
feminismo de "primeira onda" começa no século XIX e vai até o início
do século XX, com um momento de efervescência nos debates relacionados aos
direitos das mulheres no Reino Unido e nos Estados Unidos. As mulheres que
fizeram parte desse movimento foram chamadas de "sufragettes" e
lutavam não somente pelo direito de votar, mas, paralelamente,por autonomia
feminina em todas as esferas sociais.O movimento do século XIX tinha como
objetivo debater quais eram as posturas adotadas por uma mulher emancipada,
tendo, como intenção formar outra identidade feminina que se contrapusesse
àquela imposta socialmente.
A luta pelo direito ao
sufrágio feminino foi uma das manifestações coletivas que mais geraram
polêmicas na época em questão. Mulheres saindo às ruas e exigindo uma maior
participação no mundo político - território exclusivamente masculino - foi
recebido por muitos políticos e pela imprensa em geral, com risos e calúnias.
Imagens denegrindo o movimento foram tão fortes que, até hoje, perpassam o imaginário
popular quando se fala em sufragistas e feministas. "Mulhereshomens,
solteironas, velhacas, mulheres rancorosas e sem amor, esses e outros
estereótipos passaram a servir de epítetos para descrever tais mulheres"
(KARAWEJCZYK,2013).
A partir dos anos 60
entra também no cenário da análise histórica a categoria "gênero",
que permitiu que pesquisadores da área conseguissem focar nas relações entre
homens e mulheres, analisando os momentos do passado e as tensões e os
acontecimentos foram produtores de gênero (cfme. PEDRO,2005 p .88)
A "segunda
onda", que seria um processo de continuidade dentro do movimento
feminista, deu-se entre a década de 1960 e a década de 1980. A Segunda Onda do
Movimento Feminista continua, novamente, mais forte na Europa e nos Estados
Unidos. Esse período passa pela Guerra do Vietnã, o surgimento do Movimento
Hippie e o Maio de 68. Esses movimentos vieram para contestar a sociedade
vigente, pedir mudanças na educação e pelo fim da guerra. O feminismo de
Segunda Onda traz uma pauta diferenciada em relação ao movimento anterior,
especialmente no que diz respeito à luta pelo direito ao corpo, ao prazer,
contra o patriarcado. A pílula anticoncepcional, surgida nessa época, contribui
para que haja uma separação da procriação e do prazer, contestando assim o
papel que durante séculos foi atribuído à mulher.
O feminismo chamado de "segunda
onda" surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, e deu prioridade às lutas
pelo direito ao corpo, ao prazer, e contra o patriarcado - entendido como o poder
dos homens na subordinação das mulheres (PEDRO,2005 p.77).
O feminismo nos livros
didáticos, como objeto de pesquisa, proporciona que a aprendizagem acerca das
lutas travadas e enfrentadas por mulheres em diferentes contextos históricos
seja produtor de conhecimento do processo de luta das mulheres.
A presente pesquisa busca, através das reflexões sobre a luta do movimento feminista, ser um potencial gerador de empoderamento de meninas/ mulheres. Esse empoderamento deve ser através do reconhecimento da movimentação da população feminina a cerca dos seus direitos e contra a subordinação imposta sob a sociedade patriarcal.
A presente pesquisa busca, através das reflexões sobre a luta do movimento feminista, ser um potencial gerador de empoderamento de meninas/ mulheres. Esse empoderamento deve ser através do reconhecimento da movimentação da população feminina a cerca dos seus direitos e contra a subordinação imposta sob a sociedade patriarcal.
No livro didático,
objeto que faz parte do cotidiano escolar, possuir esse movimento histórico
para possibilitar a reflexão, a discussão e a desconstrução de estereótipos.
Essas reflexões contribuem para uma educação que forma cidadãos, que convivam
harmoniosamente em sociedade compreendendo seu espaço no mundo, assim como as
possibilidades de ser um agente transformador.
Referências
BITTENCOURT, Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos.
4. ed São Paulo: Cortez, 2012.
KARAWEJCZYK, M. As
sufraggettes e a luta pelo voto feminino. História,
imagem e narrativas. n.17, p.1-24, Local?, out/2013.
LOURO, Guacira Lopes.
A construção escolar das diferenças. In: _______ Gênero, Sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista.
8ª Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. p. 57-87.
MORENO, Jean Carlos.
Limites, escolhas e expectativas: horizontes metodológicos para análise dos
livros didáticos de história. ATÍSESES,v.
5, n. 10, p. 717-740, jul./dez. 2012.
PEDRO, Joana Maria.
Traduzindo o debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História. São Paulo, v. 24, n. 1, 2005. p. 77-98.
RÜSEN, J. Aprendizagem
histórica: esboço de uma teoria. In: _____.Aprendizagem
histórica: fundamentos e paradigmas. Curitiba: W.A. Editores, 2011. p.
69-112
SCOTT, Joan. História
das Mulheres. In: BURKE, Peter (Org.). A
escrita da História: novas perspectivas. Tradução de Magda Lopes. São
Paulo: Editora Unesp, 2011. p. 65-98.
TOSCANO, Moema. Estereótipos sexuais na educação: Um manual
para o educador. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
Prezada colega,
ResponderExcluirVc acredita que o tradicionalismo da sociedade implica no atraso historico tanto do reconhecimento da representacao da mulher para a Historia, e tambem na formaçao de um material que divulgue o papel da mulher na Historia da sociedade?
Att.
Fabiano Cabral de Lima
Samanta. Eu gostei do seu trabalho porque contempla o meu modo de pensar uma docência em História na Educação Básica. Não construí sozinho, inclusive, foram mulheres e trans que me ensinaram sobre as mulheres na História e tento repassar isso de alguma forma para as salas. Existe também uma página no Facebook interessante que pode ajudar nesse sentido. Se chama As Mina Na História.
ResponderExcluirSegue o Link: https://www.facebook.com/asminasnahistoria/?fref=ts
Penso que a compreensão do feminismo no livro didático é importante, mas também não seria de extrema importância abordar no livro didático outros movimentos que visam a emancipação feminina como o Mulherismo Africana, por exemplo?
Carlos Mizael dos Santos Silva
Olá Carlos, muito obrigada pela contribuição, eu ja curto a página e gosto muito do conteúdo.
ExcluirConcordo com seu ponto de vista, as mulheres devem serem vistas sim como agentes de transformação e de luta, em todos os contextos e em todas as sociedades.Porém, meu trabalho se atenta ao movimento feminista enquanto representação nos livros didáticos, por questões de recorte temporal e para que haja uma analise mais específica de alguns momentos importantes na história das mulheres,e trato também do movimento feminista enquanto movimento organizado, não "desprezando" as outras lutas históricas importantes também.
Att
Samanta Botini
Certo. Mais uma vez parabéns pela pesquisa.
ResponderExcluirOlá Samanta, gostei de seu trabalho, mas fiquei tentando visualizar a relação que você se propõe, "FEMINISMO E APRENDIZAGEM DE GÊNERO NOS MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA", são temas bem amplos e polêmicos, Como se materializa as aprendizagens de gênero nos manuais didáticos de História? Você fala do livro didático, fala do feminismo, na sua opinião qual seria a luta das mulheres hoje? Obrigada
ResponderExcluirOlá Samara.Primeiramente, muito obrigada. Concordo com você sobre a amplitude do tema sim, minha proposta é analisar o movimento de luta das mulheres e na questão de gênero, como que o espaço das mulheres foram negados e ainda o são, por serem consideradas inferiores ou que não tem expressão social/politica.
ExcluirSobre a luta das mulheres hoje, eu acredito que podemos falar em diversas lutas.A que é comum a todas nós com certeza é contra o machismo e o patriarcado,mas devemos pensar sobre a diversidade de mulheres que existem no Brasil e no mundo e quais tipos de opressões elas sofrem por serem mulheres.Então, acredito que a luta das mulheres hoje de uma forma bem geral seria a da liberdade, seja ela sexual,seja ela contra um sistema econômico, social.Mas buscando sempre a autonomia dessas mulheres e também a desconstrução de esteriótipos.
Olá, Samantha! Gostei do teu trabalho!
ResponderExcluirSabemos que os livros didáticos, não todos, mas a maioria deles, ainda persistem em um saber positivista e colocam os conteúdos categoricamente, ou seja baseado em nomes, datas e heroísmo, geralmente protagonizado por homens.
Reconhecemos também que atualmente temos várias possibilidades de recursos metodológicos que podem auxiliar a/o docente a trazer discussões de caráter formativo e crítico em sala de aula, como é o caso do feminismo. Quais recursos você utilizaria em sala para que debates tão importantes como este não fiquem apenas arraigados ao uso do livro didático?
Cordialmente,
Graziella Fernanda Santos Queiroz
Olá Graziella. Muito obrigada! Uso de uma autora em minhas referências que trata dessa questão que você citou, do heroísmo sempre estar ligado ao masculino, que ela intitula de analise de "governantes e de batalhas" colocando que sempre o universal é masculino e que as narrativas históricas colocam somente a mulher enquanto propriedade um homem (seja pai ou marido) ou quando ocupa um cargo de prestigio.
ExcluirReferente a como trabalhar o movimento feminista sem o livro, acho que trabalhar com historiografia, fontes seria uma proposta interessante.Acredito ser importante trabalhar a temática em sala de aula sim, quem sabe até juntamente com os movimentos sociais. Mas, insisto em que o livro didático tenha que ter esse conteudo e alguns outros, ja que ele é de grande circulação e que não se pode negar acesso aos bens culturais aos alunos, e não contemplar alguns pontos é ser negligente com isso.
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ResponderExcluirSamantha, bom dia. Em sua pesquisa você tem como objetivo perceber nuances de gênero e do feminismo nas narrativas didáticas construídas por mulheres autoras e historiadoras?
ResponderExcluirGrata!
Jeane Carla Oliveira de Melo
Bom dia,Jeane.Não, minha pesquisa se atenta ao recorte temporal dela que é o movimento feminista do século XIX e da década de 1960, porém em minhas analises tenho me atentado se há historiadoras escrevendo algo, ou se são autoras ou autores, porém isso é uma analise particular.
ExcluirObrigada.
Bom dia Samanta e parabéns pela pesquisa, eu deixo uma pergunta sobre o ensinar história o movimento propriamente dito com seu modelo que temos hoje do feminismo ele pode ser usado em outros momentos históricos como na história "antiga", "medieval" entre outros momentos no sentido de empoderar e mostrar que esse movimento sempre foi utilizado mas em cada contexto social/temporal de sua época sem cometer anacronismo ? e Novamente parabéns pelo trabalho adorei!!!
ResponderExcluirBom dia,José.Primeiramente, muito obrigada.
ResponderExcluirSempre houveram lutas das mulheres, negando um papel socialmente imposto,porém quando falo em movimento feminista eu falo de um movimento bem especifico, que é um movimento de organização das mulheres para as mulheres.Meu recorte é mais especifico ainda, pois abordo o século XIX (movimento pelo direito ao voto)e decada de 1960 (revolução sexual), o que tenho de conhecimento que seja o movimento intitulado feminista são esses momentos que abordei aqui.Claro que esse movimento se perpetua até os dias atuais, porém antes disso não sei se poderíamos chamar de feminista essa contestação.
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ResponderExcluirE parabéns pelo texto, achei bem legal....
ResponderExcluirOoooooooiiiiii Samanta, nos livros didaticos que você já teve acesso, eles trazem conteúdos que represente as lutas das mulheres por seus direitos ou ainda são defasados nesse tema? :D
ResponderExcluirAtt: Joelson Batista da Silva Rosa
Ola Joelson. Muito obrigada!
ResponderExcluirEntão, o processo de analise ainda esta em curso.Os livros analisados são do 8º e 9º ano. As representações encontradas nele são bem poucas, mas de alguma forma existem sim. Mas isso fica para a proxima parte da pesquisa.
Boa tarde,
ResponderExcluirA dimensão do livro didático enquanto elemento de reprodução de padrões sociais pode incutir uma mudança no atual sistema de editoração? Há alguma evidência de que houve alguma mudança nestes padrões?
Ass. Thiago Phelippe Abbeg
Boa tarde, Thiago. Acredito que sim, iniciei minha pesquisa nesse sentido também por acreditar que a educação pode ser um caminho para empoderar mais meninas a lutarem pelos seus direitos e a partir da história encontrarem esse caminho. Na verdade, acredito muito no poder educativo.
ExcluirAtt
Samanta Botini
Prezada colega historiadora;
ResponderExcluirno último ENEM tivemos perguntas relacionadas ao movimento feminista, com a presença de tal movimento que você constatou nos livros didáticos de história, é possível explicar o porque tal questão gerou tanta polemica?
att.
Boa tarde, prezado colega.
ResponderExcluirAo meu ver, o resultado das polêmicas geradas pelo ENEM se resultam de um aumento de um discurso de ódio da classe conservadora desse país que destorce a realidade movimento feminista. Devemos considerar que o movimento feminista é um movimento heterogêneo e que luta por diversas demandas (luta pela população das mulheres periféricas, contra o racismo e entre outros) e que como corrente de pensamento defende diversas ideologias, sejam elas mais radicais ou moderadas. E isso foi muito utilizado para ser um argumento justificador de tanta misoginia (ódio ás mulheres) expresso durante aquele período.
Com certeza, acredito que o conhecimento do movimento além de contribuir para uma sociedade mais igualitária que respeite as mulheres de uma forma geral e que forme cidadãos mais respeitosos e conscientes de sua luta politica.
Boa noite Samanta!
ResponderExcluirEm uma sociedade, como a brasileira, em que há uma grande parcela da população ainda com valores e preceitos extremamente conservadores e relações patriarcais a discussão sobre gênero, sexualidade e até questões ideológicas não são fácil. Quero parabeniza-la pelo excelente trabalho. E acredito que devemos levar estas questões, cada vez mais, para a sala de aula. Gostaria de saber como lidar com pais "conservadores" que negam e criticam a escola que almeja trabalhar as questões sobre o feminismo na escola? Desde já, obrigado. Abraço!
Israel Miranda
Boa tarde, Samanta.
ResponderExcluirParticularmente durante todo o meu ensino fundamental e médio, eu não tive um contato que possa chamar de verdadeiro com conteúdos a cerca da luta das mulheres, nos livros didáticos com os quais eu estudava, nós sempre passavamos muito rapidamente pelo direito ao voto feminino que foi um grande acontecimento. Você acredita que, na ausência ou insuficiência de conteúdo a cerca do movimento Feminista e do papel da mulher em momentos da História, é obrigação do professor trabalhar sobre? Você acredita que os nossos professores de ensino básico estão preparados para dialogar com seus alunos sobre o papel da mulher no passado e atualmente?
- Alessandra de Oliveira Ribeiro.